segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Olhando o pé de jasmim na janela do meu quarto aprendi um pouco mais sobre o que são as ideias. Elas devem ser firmes, como a base de um tronco construído com o passar do tempo e, suficientemente flexíveis nas pontas, de onde saem folhas sensíveis à brisa. Elas não crescem sem luz, sem água, sem a terra e sem o ar. Quando o primeiro raio bate na folha, ela o reflete. Outra parte é absorvida, em forma de calor.

Se fôssemos assim, suficientemente fincados em nós mesmos e maleáveis ao som do vento, talvez rendêssemos flores e quem sabe frutos. Mas o que são as flores e o que são os frutos? Um pouco do acaso. Uma folha diferente que brotou nesse dia, um beija-flor que resolveu mudar o itinerário.

Pensando mais um pouco vi que as plantas são bastante humildes. Elas nascem reproduzem e morrem até voltarem à terra. E é desse jeito que são imortais.

Se fôssemos assim em nossas amizades e estendêssemos nossos frutos sabendo que eles seriam deteriorados, o que restaria de nós? O passado? Não, as sementes.

Somente as sementes e, ao mesmo tempo, tudo comprimido milimetricamente.

É uma mágica, eu sei. A mágica de fazer algo simples e pequeno. Uma ferramenta tecnológica, que ninguém consegue criar sozinho.

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